Segundo mandamento: Não tomar o santo nome em vão

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Muitas vezes vemos ser usado de forma banal o nome de Deus, de Nossa Senhora e dos santos.

Até quando tropeçamos em alguma coisa falamos o nome de Deus para reclamar. Deus quer que falemos dEle, que levemos o seu nome a todas as pessoas, especialmente as que não o conhece. Mas Ele se entristece quando somos inconscientes e não damos o devido respeito ao seu nome. Nós também nos incomodamos quando o nosso nome está na boca dos outros, quando estão falando mal da gente, não é verdade? Se não devemos usar o nome dos outros a toa, mais ainda o nome de Deus.

Hoje falaremos um pouco sobre o segundo mandamento que nos convida a respeitar o nome de Deus, pois o Senhor é Santo.

O nome de Deus é santo

“Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Ex 20,7). Esse mandamento regula o uso que fazemos dos nomes santos: o nome de Deus, de Jesus Cristo, de Nossa Senhora e de todos os santos. Mas por que não devemos abusar? Porque se são nomes santos, sagrados. Devemos usá-los apenas para enriquecer nossa vida espiritual, para pedir, agradecer, para louvar e glorificar a Deus.

Promessas e juramentos feitos em nome de Deus. Algumas pessoas mentem descaradamente e ainda tem a coragem de dizer “juro por Deus!”. Toda promessa que fazemos em nome de Deus devemos cumpri-la, pois estou colocando Deus como testemunha daquilo que eu disse. Se não cumpro, estou de certo modo fazendo de Deus um mentiroso. A minha palavra deveria bastar. Nela deveria estar expressada a fidelidade, a honra, a verdade. Mas hoje em dia para o mundo algumas dessas coisas estão “fora de moda”. È muito mais fácil usar outro que garanta a minha palavra, porque dessa forma não me comprometo.

A blasfêmia (dizer contra Deus, interior ou exteriormente, palavras de ódio, de ofensa, de desafio, de reclamação) é pecado grave, pois atentamos diretamente contra o nome de Deus. Isso se aplica também a quem blasfema contra a Igreja de Cristo, os santos e as coisas sagradas.

Às vezes usamos também o nome de Deus para rogar uma praga ou para práticas de magia. Já está errado dizer algo contra uma pessoa desejando o mal, mais ainda se colocamos o nome de Deus no meio. Um fenômeno muito presente em nossos dias e que faz o uso sutil do nome de Deus para práticas exotéricas, mágicas é a Nova Era (ou New Age). Devemos estar atentos, pois muitas vezes vem misturado a práticas cristãs.

Seguindo o exemplo de Jesus e de Maria

Vimos o quanto é importante termos respeito pelo nome de Deus, sabendo-o usar quando seja conveniente. Mas como podemos aprender a usá-lo retamente? Dois modelos a seguir são Cristo e nossa mãe Maria.

Pensemos do Senhor no momento da Cruz. Ele poderia ter reclamado, blasfemado, falado muitas coisas. Em 3 horas ele fala apenas sete pequenas frases. E todas elas palavras de dádiva e de perdão. Toda a sua vida Ele buscou exaltar o nome do seu Pai. Tudo o que Ele prometeu, cumpriu.

A Virgem Maria também. Poucas vezes vemos Maria aparecendo na Sagrada Escritura. Sua presença porém é marcante: Ela participa dos momentos decisivos. Fala para pronunciar o seu sim, para exaltar a Deus no Magnificat, para intervir em Caná, do lado do seu Filho na Cruz (presente firme, orante e silenciosa). Ela sempre invoca o seu Filho, mas somente para que Ele salve a cada um de nós, os seus filhos. Usa o nome de Deus somente para pedir o que é melhor para nós, seus filhos.

Aprendamos com a Mãe Aparecida a invocar o nome de Deus com reverência. Invoquemos a Ela e peçamos que nos ajude a sermos semelhantes ao seu Filho, cumprindo tudo aquilo que Deus quer para mim e assim levarmos o seu santo nome a todas as pessoas. Que o meu “sim” seja realmente sim e o meu “não” seja realmente não.

Para aprofundar sobre esse mandamento no Catecismo da Igreja Católica: 2142-2167

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