Gostaria de falar hoje sobre um tema que para a gente é delicado, mas que com certeza ao sabermos lidar melhor com ele tornará a nossa vida muito mais fácil. Parece um tema muito propício para falarmos durante este tempo de Quaresma: o perdão.
Como é difícil muitas vezes perdoarmos alguém que me fez mal! Também custa muito me perdoar por um erro cometido. Ficamos atados a esse pecado e não conseguimos avançar e fazer tudo o que Deus espera de nós. Esse não perdoar-se é como uma ferida aberta que nunca cura, que gera dor constante, que nos incomoda, gerando até certa amargura, fazendo com que a imagem que temos de nós mesmos e dos outros fique distorcida.
E se não me perdoo, se não perdoo os meus irmãos, como terei o valor e a coragem de pedir perdão a Deus? Termino pensando que não mereço o perdão ou que o meu pecado é tão grande que não tenho mais jeito.
Tenho medo, tenho vergonha! O que será que o padre vai pensar ao escutar as coisas que eu vou falar? Como sair então desse impasse?
Jesus nos oferece um caminho concreto: a humildade. Em uma passagem que eu gosto muito de rezar (Mt 11, 28-30), Ele nos fala “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.”
Não tenhamos medo de pedir perdão a Cristo! Ele quer nos aliviar do nosso fardo, do peso do nosso pecado, e quer nos dar o seu jugo suave e a leveza de uma vida plenamente livre.
Aproveitemos também para perdoar e me reconciliar com quem fiz ou me fez mal.
Nesta Quaresma, “seguindo os passos de Jesus” sejamos humildes e peçamos perdão, pois “é para a liberdade que Cristo nos libertou” Gl 5,1