
Primeiro mistério: Acolher Maria
“Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” E a partir daquela hora, o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19,27).
Somos convocados desde o alto da Cruz a acolher Maria como a Nossa Mãe, a percorrer o mesmo caminho de João, quem voltando do Calvário a recebeu em sua casa. Amar Maria como João é abrir-lhe o nosso coração e também entrar com reverência em seu coração de Mãe, cheio de ternura e amor pelo seu Filho Jesus. Tudo em Maria, mas especialmente seu coração, aponta para Jesus, nos convida a olhar para Ele, conhecê-lo, amá-lo e seguí-lo cada vez melhor.
Segundo mistério: O amor ao Pai
“E, indo um pouco adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres”” (Mt 26,39).
O coração de Maria nos convida a dirigir-nos ao coração do Filho. Nesse Sacratíssimo Coração encontramos o amor ao Pai, que se traduz numa obediência filial inquebrantável. No Getsemani, antes da Paixão, é evidente a grandeza desse amor. Ciente do sofrimento que se aproximava e de tantos corações que não acolheriam a Reconciliação, Jesus pronuncia seu Fiat: não a minha vontade, mas a tua Pai seja feita.
Terceiro mistério: O amor a Maria
“Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo” (Mt 1,16).
O Senhor Jesus é o Verbo encarnado no ventre puríssimo de Maria. Ele é realmente Filho de Maria. O amor pela própria mãe é um dos sentimentos mais nobres que habitam o coração humano e foi assumido por Jesus, junto com tudo o verdadeiramente humano. Ele amou realmente com coração humano, tornando-se modelo para todo humano coração. E nós que buscamos conformar-nos com Ele, temos nesse amor filial um precioso caminho para sermos outros Cristos no mundo, amando Maria como Ele a ama, como a nossa verdadeira Mãe.
Quarto mistério: O amor aos irmãos
“Um dos malfeitores suspensos à cruz o insultava, dizendo: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e anos”. Mas o outro, tomando a palavra, o repreendia: “Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação? Quanto a nós, é de justiça; estamos pagando por nossos atos; mas ele não fez nenhum mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com teu reino”. Ele respondeu: “Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso”” (Lc 23,39-43).
A vida inteira de Jesus foi um gesto de amor pelos seus irmãos. Até seu último alento procurou salvar todos os que se encontravam com Ele. Um exemplo é o bom ladrão, a quem Jesus promete o paraíso em meio às maiores dores, poucos momentos antes de entregar o Espírito. Muitos outros podem ser citados, desde os primeiros discípulos até cada um de nós. Os corações de Jesus e de Maria nos impulsionam também a amar os nossos semelhantes, traduzindo esse amor em gestos cotidianos de serviço e apostolado.
Quinto mistério: Amorização, um programa de vida.
“Assim como o Pai me amou também eu vos amei. Permanecei em meu amor” (Jo 15,9).
O nosso caminho de conformação com Jesus, de ter um coração como o dEle, é todo um programa de vida, no qual Santa Maria nos guia e alenta, ajudando-nos de maneira dinâmica nesse caminho. Amar Maria como filhos é um caminho seguro para conformar-nos com Jesus e alcançar a santidade. Este amor nos leva a comprometer-nos também com Ela, para ajudá-la a levar mais pessoas ao encontro com Jesus, a ser seus cooperadores na sua missão maternal.