Primeira meditação: A Ressurreição do Senhor Jesus
Leitura: “Não estavam ardendo os nossos corações dentro de nós, enquanto Ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?” (Lc 24,32).
Trata-se de uma passagem que seguramente já meditamos muitas vezes. Ela expressa a experiência de encontro dos discípulos de Emaus com o Senhor Jesus Ressuscitado. Eles, a diferença de Maria, perderam a esperança depois da Sexta-feira da Paixão. Muitas vezes nós também desanimamos diante das dificuldades na vida cristã. O Senhor, porém, nunca nos abandona, sai ao nosso encontro, renova-nos com a sua Palavra e a sua Presença. Digamos também a Ele: Fica, Senhor. Façamos como Maria, acolhamos o Senhor em nosso coração. É dessa acolhida que brotará a alegria e o ardor apostólico que queremos dar.
Segunda meditação: A Ascenção do Senhor Jesus
Leitura: “Compreendendo que seus discípulos murmuravam por causa disso, Jesus lhes disse: “Isso vos escandaliza? E quando virdes o filho do homem subir aonde estava antes?”” (Jo 6,31)
O corpo do Senhor é verdadeira comida e, o seu sangue, verdadeira bebida. Este é o núcleo do discurso do pão da vida, momento difícil na caminhada do Senhor, no qual muitos o abandonam, quiçá porque a sua visão do Messias era ainda muito mundana. O Senhor Jesus parece surpreso pela reação de tantos e, nesse contexto, anuncia também a sua Ascenção, verdade ainda mais “escandalosa” e exigente para os judeus. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Quantas exigências concretas brotam dessa afirmação! Esta é uma das marcas da existência do cristão. A vivemos? Somos como Pedro daqueles que ficam com o Senhor, porque somente nele encontramos Palavras de Vida Eterna?
Terceira meditação: Pentecostes
Leitura: “Dou-me conta, em verdade, de que Deus não faz acepção de pessoas, mas que, em qualquer nação, quem o teme e pratica a justiça, lhe é agradável (…)” Pedro estava ainda falando estas coisas, quando o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviam a Palavra (…) Então disse Pedro: “Poderia alguém recusar a água do batismo para estes, que receberam o Espírito Santo assim como nós?”” (At 10,34-35.44.47).
A passagem que meditamos é conhecida também como o Pentecostes dos gentios, e é, segundo o Papa São João Paulo II, uma prolongação do primeiro Pentecostes, no qual são batizados os primeiros cristãos não vindos do judaísmo. O capítulo 10 dos Atos mostra todo o processo pelo qual Pedro foi guiado pelo Espírito até esse momento crucial na história da Igreja, de explicitação do caráter universal que revestia a mensagem do Evangelho. De uma forma ou outra, todos nós somos frutos dessa expansão da Igreja para além dos limites do primeiro povo escolhido. Esta passagem nos ensina também a não fazer acepção de pessoas em nossa própria Família Espiritual. Todos somos chamados ao apostolado, a uma vida cristã radical, à santidade. A nós todos são oferecidos os dons do Espírito para sermos protagonistas da missão apostólica.
Quarta meditação: A Assunção
A Assunção de Nossa Senhora aos Céus, em corpo, alma e espírito, é consequência do seu protagonismo na missão apostólica, da sua corresponsabilidade com seu Filho Jesus, ajudando homens e mulheres a abrirem seus corações ao dom da Reconciliação. Peçamos a Maria que nos ajude a sermos também corresponsáveis, autênticos artesãos de Reconciliação, buscando sempre em nossas vidas discernir e cumprir com prontidão o Plano de Deus.
Quinta meditação: A Coroação de Maria como Rainha dos Céus e da terra.
A realeza de Maria deriva da sua Maternidade Divina, do fato dela ser a Mãe de Cristo Rei, Nosso Reconciliador. Este duplo reinado, de Cristo e de Maria, do Novo Adão e da Nova Eva, nos alenta a cooperar, desde a nossa realidade pessoal, com a instauração do Reino de Deus no mundo. “Instaurar tudo em Cristo, sob a guia de Maria”, é um lema muito querido pela nossa Família Espiritual. “Tudo”, começando por nós mesmos, nosso primeiro campo de apostolado, mas também os nossos semelhantes: as famílias, os jovens, os mais necessitados, a própria cultura, que se encontram à espera da Luz do Evangelho.