Os mistérios luminosos nos lembram que o Senhor Jesus é a Luz do mundo e nos convidam a também ser luz, a deixar-nos iluminar pelo Senhor e não guardar-nos essa experiência apenas para nós, mas comunica-la em nosso apostolado.
Primeiro mistério: O Batismo do Senhor e o nosso batismo, chamado a ser luz
Mt 3,13-17
Pelo nosso Batismo nós somos ungidos como o Senhor para cumprir uma missão neste mundo, para brilhar de uma maneira particular. O Papa São João Paulo II dizia que a multidão dos santos era como as estrelas no céu, que brilha cada uma com seu brilho particular. Cada um de nós recebeu dons e talentos do Senhor e recebe cada dia a graça de Deus, ordinária e extraordinariamente. Ser santo é cooperar segundo o máximo das nossas capacidades e possibilidades com a graça, cumprindo sempre o Plano de Deus.
Segundo mistério: as Bodas de Caná, o dia em que o vinho faltou.
Jo 2,1-5
Nos mistério anterior dizíamos que o Senhor Jesus é a luz do mundo. No entanto, muitas vezes passamos em nossa vida por noites escuras, em que não conseguimos enxergar essa luz. Nessas situações, Santa Maria nunca nos abandona, Ela que é a Estrela do Mar, sempre buscando levar-nos ao porto seguro, que é seu Filho Jesus. Naquele dia ela se compadeceu dos noivos, que tinham ficado sem vinho, e intercedeu discretamente por eles, para que seu Filho operasse o milagre. Nunca subestimemos o poder da intercessão de Maria nas noites escuras da nossa vida.
Terceiro mistério: o anúncio do Evangelho
Jo 6,1-15
A passagem da multiplicação dos pães nos ensina uma lição muito simples e bela: o Senhor Jesus quer trabalhar conosco, quer servir-se dos nossos limitados recursos para levar adiante a missão que o Pai lhe confia. A nossa pequenez é muitas vezes fonte de desânimo. Mas a multiplicação dos pães e dos peixes nos ensina que Deus chama os pequenos e simples, para que fique mais claro que é por causa dele, e não das nossas capacidades, que as vitórias no cumprimento da missão evangelizadora se realizam.
Quarto mistério: a transfiguração
Mt 17,1-8
Um dia nós também veremos o rosto glorioso do Senhor, como Pedro, João e Tiago na transfiguração: é essa a nossa esperança. E cada momento de oração, que é ocasião para partilhar com o Senhor as nossas experiências positivas ou negativas no apostolado, é ao mesmo tempo a fonte de água cristalina e inesgotável do qual se nutre o nosso impulso apostólico. Nunca renunciemos a buscar o rosto do Senhor na oração! Nunca desistamos dessa nobre esperança!
Quinto mistério: A instituição da Eucaristia
Mt 26,26-29
Estamos no mundo, mas não somos do mundo. A nossa presença no mundo é como semente, como luz e sal, não por causa de nós mesmos, que somos vasos de barro, mas por causa do tesouro que nos foi dado, a Palavra e a presença do Senhor. Nesse caminho pelo mundo, os nossos pés muitas vezes sujam, outras são feridos. Na Eucaristia o Senhor, depois de ter lavado os nossos pés, como Santa Ceia, nos ama até o extremo e nos renova na missão. Eu estou convosco até o fim! – nos diz. É graças a Ele que podemos ser luz, uma luz discreta, pequena, ameaçada por muitos perigos, mas luz em fim.