Por que Jesus deu Maria como Mãe da humanidade?

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‘Mulher, eis aí o teu filho’… ‘Eis aí tua mãe’
(Jo 19,26-27)

Para começar, pensemos numa experiência bastante comum:

Quando estudamos, uma situação que pode ser amada ou temida são ostrabalhos em grupo. Seja qual for o histórico de cada um nesse campo, fica clara a importância de contar com as pessoas certas. Quando o conjunto é bom, o trabalho não fica apenas menos difícil, mas também se torna um exercício bastante proveitoso. Aliás, reconhecemos uma ou duas pessoas que aportam muito para dar vida ao grupo. São essas as pessoas que preferimos para os trabalhos posteriores.

 

Se bem que a obra de Jesus supera – e muito – os objetivos de um trabalho da escola, mas podemos ver que Maria colabora ativamente nela (cf. Lc 1,26-38; Jo 2,1-12; entre outras). Jesus quis que cada um pudesse contar com Ela na sua própria caminhada. E, através da Igreja, indicou um caminho de verdadeira devoção filial.

Nosso Senhor faz questão de manifestar que não quer que percorramos nossa vida cristã sozinhos. Maria é uma expressão muito forte e clara disso. Quem não reconhece numa mãe alguém que ama e acompanha incondicionalmente? E se, por motivos particulares, para alguns de nós, fosse difícil reconhecê-Lo, Maria poderia parafrasear a ternura com que Deus fala a Seu povo:

“Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E, mesmo que ela o esquecesse, Eu não te esqueceria nunca.” (Is 49,15).

A mesma ternura com a qual ela fala a São João Diego, em Guadalupe: “Não se perturbe o teu coração nem te inquiete coisa alguma. Não estou aqui, Eu, tua mãe? Não estás sob a minha sombra? Não estás, porventura, sob a minha proteção?” (Nican Mopohua).

Uma última ideia: Para melhor entender as palavras de Jesus no madeiro da Cruz, “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26), vale a pena nos lembrarmos de uma outra mulher, na frente de outra árvore: Eva, “a mãe de todos os viventes” (Gn 3,20). Os primeiros cristãos não demoraram em reconhecer, em Maria, a “Nova Eva”.

“Enquanto esta (Eva) contribuíra para a entrada do pecado no mundo, a nova Eva, Maria, coopera para o evento salvífico da Redenção. Assim, na Virgem, a figura da ‘mulher’ é reabilitada e a maternidade assume a tarefa de difundir entre os homens a vida nova em Cristo” (São João Paulo II, Audiência Geral de quarta-feira, 23 de Abril de 1997).

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