Alguns bons motivos para assistir o filme Divertida Mente

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Resolvi escrever sobre este filme com o objetivo de animar as famílias a assistirem com seus filhos esta animação, que com certeza nos fará compreender melhor nossos esquemas e nossas emoções. Vamos então por partes…

Divertida Mente é uma feliz ocasião em que um artista mostra novas possibilidades para um cinema animado. Propõe uma mudança de paradigma: os personagens não são monstros, automóveis, ou brinquedos antigos, eles são emoções e o mundo em que eles vivem não é um espaço de seres incríveis, mas sim, o cérebro humano.

O filme aborda a mente de uma garota de 11 anos, Riley, que até então teve uma vida estável ao lado de pais amorosos em Minessotta. Dentro da cabeça de Riley, dividiam a “sala de comando” a Alegria, a Tristeza, a Raiva, “a” Nojinho e o Medo – emoções básicas que todos nós temos. A Alegria era a emoção mais ativa. No dia a dia de Riley são geradas memórias, na maioria das vezes alegres, que são armazenadas em “ilhas de personalidade”, como família, amizade, honestidade, bobeira/diversão e esporte.

Você não vai acreditar sobre a resistência e força que o filme apresenta para a ilha da família!

A história, no entanto, ocorre quando Riley passa por uma grande mudança em sua vida, gerando uma confusão na “sala de comando” e alterando a supremacia da Alegria, o que não está isento de acontecer na vida de nenhum de nós.

Os valores ganham destaque na arquitetura da mente de Riley. As tais “ilhas da personalidade” são valores pessoais da menina, ou seja, as coisas que são muito importantes para ela. Quando os valores são abalados, as emoções também são e vice-versa. É então, quando os comportamentos começam a se tornar disfuncionais, levando as emoções a uma pane geral – a tal da apatia -. A forma como o filme mostra isso para as crianças é simples e objetiva: apesar de quase todas as emoções tentarem muito, nenhuma delas conseguia operar o painel de comando como a alegria ou a tristeza.

Uma aula de psicologia e neurociências! O filme traz informaçõesdivertidamente importantes sobre o motivo pela qual nos esquecemos de algumas memórias, relembramos constantemente outras, o que define nossa personalidade, além de questões do inconsciente e até a formação dos sonhos. Ele nos ajuda a compreender o que é a depressão (sem que em nenhum momento seja citada essa que já se apresenta como o “mal de nosso século”).

Importantíssimo ressaltar que o filme, em momento algum torna a tristeza uma vilã, pelo contrário, nos transmite a ideia de que precisamos utilizar bem cada uma de nossas emoções e mantê-las em sintonia, pois depois de algumas lágrimas, podemos reencontrar a alegria com mais prazer.

Por fim, o filme não fala sobre empatia, mas nos faz experimentá-la. Empatia é a habilidade que temos de nos colocar no lugar do outro e sentir e pensar como se fossemos tal pessoa. É impossível não “empatizar” com Riley, e não se lembrar de algo que aconteceu em nossas vidas quando reagimos de maneira parecida com algum personagem do filme ou como o próprio filme mostra, principalmente em relação às reações mais bruscas das emoções.

Monique Bernardi, Psicóloga, MVC – Petrópolis

 

1 COMENTÁRIO

  1. o filme é muito bom mesmo. adorei. até compartilhei no face para dar dicas para as pessoas. acho que as pessoas precisam ocupar a mente com coisas boas e bons ensinamentos. obrigado ao movimento cristão por ter me ensinado tanta coisa boa.um abraço

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