Como se inspirar na bondade de Madre Teresa?

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Quando você pergunta para uma criança o que ela quer fazer quando adulta, não seria uma surpresa que ela falasse primeiro que quer ser astronauta, e uma hora depois que quer ser doutor. Talvez no dia seguinte se incline por ser bombeiro e após uma semana pela construção de casas. Conforme a criança for crescendo, um sinal de maturidade serão as opções que ela faça para a sua vida.

Na hora de falar de santidade, de legados, modelos e referências podemos terminar pensando que o ideal seria que em nossas vidas reunamos o melhor de três ou quatro santos (esquecendo talvez que para cada um deles chegar até lá levou literalmente toda uma vida). Evidentemente quem se idealiza a si mesmo assim, encontra logo a frustração de estar muito longe de sequer um deles.

Madre Teresa tem muito a nos ensinar, mas acredito que ela não nos exigiria seguir exatamente o caminho que ela andou. Pensemos então em Agnes, a jovem albanesa que aos 18 anos entrou num convento de freiras. Que após um ano aceitou ser enviada para a Índia. Que depois de várias experiências profundas de uma vocação de serviço experimentou “uma chamada dentro da chamada” aos 36 anos. Que aos poucos fez da Índia sua casa e dos mais pobres sua missão. Que no meio de mil preocupações e de um coração que pertencia todo ele a Jesus, chegou aos 87 anos para encontrá-Lo definitivamente. Essa mulher que timidamente foi dando um passo após o outro, nos lembra que para chegar lá o essencial é não ter medo de seguir a Jesus pelos caminhos que Ele propuser.

Mas de forma mais concreta, o que essa mulher nos ensina a respeito da caridade que somos convidados a viver?

Pois bem, acredito que o ensino fundamental é que o amor começa pelo vizinho, pelo próximo (lembrando que dentro de casa temos os próximos mais próximos). Quando tomamos a figura da Madre Teresa podemos ficar impressionados por tudo o que ela fez e viveu. Mas se paramos para pensar, vemos que Deus foi guiando a sua história e que nunca foi colocado para ela algo alheio ao que ela vivia, aos ambientes nos quais transitava. Foi justamente no meio desse caminho que encontrou o clamor de Jesus, “tenho sede”.

Talvez esse seja um dos maiores legados desta mulher: a santidade começa por você e por mim.

“Caridade hoje” pode ser considerado sinônimo de “caridade aqui”. Onde começar? Onde ela começou, ao seu redor, na sua vizinhança onde muitos sofriam. Ela morava em Calcutá, por isso começou ali. Onde pede o Senhor que você comece?

Trata-se de olhar para seu próximo, olhar para a necessidade dele e oferecer o que você tem para dar. Trata-se de uma pequena ação boa, que atrai a seguinte e assim por diante. “Não desanimemos de fazer o bem” (Gal 6,9). Trata-se de perseverar até o final como fez a Madre Teresa.

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