Do Imaculado Coração ao Sacratíssimo Coração

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Meditamos hoje na relação de íntima união que existe entre o Coração do Senhor Jesus e o Coração de Nossa Senhora, Mãe da Reconciliação e alguns ensinamentos que esse dom maravilhoso significa para a nossa vida cristã.

Primeira meditação: Perto da Cruz estava Maria.

Perto da Cruz, de pé, estava Maria, com uma espada já traspassando seu coração, como tinha profetizado o velho Simeão, na passagem da apresentação no Templo. Ao lado dela estava o discípulo amado, quem em breve receberia o maior presente que o Mestre poderia dar-lhe, depois da Reconciliação: uma Mãe que o ajudaria a acolher esse precioso dom, Maria, a Mãe e cooperadora da Reconciliação, associada como nenhum outro ser humano à missão Reconciliadora de Jesus.

Segunda meditação: Acolheu-a em sua casa.

O caminho de volta depois do Calvário, rumo à casa de João, é uma alegoria da nossa vida cristã. Nós também estamos chamados a percorrer esse caminho, deixando que Maria entre em nossas vidas, criando em nossos corações esse ambiente propício para o encontro com Jesus. Cristo nos deu Maria como Mãe e Ela, desde seu Imaculado Coração, cheio de amor por Jesus, nos impulsiona de volta sempre para Cristo, para um encontro cada vez mais íntimo com o Sacratíssimo Coração.

Terceira meditação: a Piedade Filial, um caminho de conformação com Cristo.

Quando o nosso coração, impulsionado pelo Imaculado Coração, se debruça de maneira mais íntima no Sacratíssimo Coração de Jesus, o encontra cheio de amor: pelo Pai, pela sua Mãe, e por todos seus irmãos, incluídos nós mesmos. A fé no Cristo nos levou a Maria, e Maria mais plenamente a Jesus. O mistério do amor divino, nessa dinâmica, vai se enraizando cada vez mais em nós, pelo caminho da quádrupla Reconciliação: com Deus, conosco mesmo, com os nossos semelhantes e com a criação toda.

Quarta meditação: “Fazei o que Ele vos dizer”

Quem acolhe Maria em sua casa aceita também ingressar na sua escola. Além de Mãe amorosa, Ela também é mestra, alentando-nos sempre a viver o Evangelho em nossas vidas. “Fazei o que ele vos dizer”, palavras que dirigiu aos serventes em Caná, é ao mesmo tempo uma exortação para todos nós. O próprio Jesus disse uma vez: “Dizeis que me amais, mas não fazeis o que eu vos digo”. O natural desdobramento de um coração que ama a Jesus é a coerência com seus ensinamentos.

Quinta meditação: “Chamar-me-ão Bem-aventurada”

Sempre que nos reunimos para rezar o Terço, fazemos eco destas palavras audazes, que fazem parte do Magníficat ou Cântico de Maria. Mas, sobretudo, vamos abrindo cada vez mais o nosso coração a Ela, vamos acolhendo-a em nossa casa, como Mãe e mestra que nos ensina a ser outros Cristos, para poder dizer com São Paulo: “Vivo eu, mas não sou eu quem vive, senão que é Cristo quem vive em mim”.

Membro do Sodalício de Vida Cristã desde 1996. Nascido no Peru em 1978, mora no Brasil desde 2001. Por muitos anos foi professor de Filosofia na Universidade Católica de Petrópolis. Atualmente faz parte da equipe de formação do Sodalício, é diretor do Centro de Estudos Culturais e desenvolve projetos de formação na Fé e evangelização da cultura para o Movimento de Vida Cristã.

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