Quinto mandamento: Não matar

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A vida humana é sagrada, é um grande dom de Deus. Deus cria o homem à sua imagem e semelhança para que entre em comunhão com Ele, com os seus irmãos e seja o senhor de sua criação.

O homem é, como disse São Irineu de Lion, “a glória de Deus”. A origem da vida está em Deus: Ele é quem dá a vida. Ninguém tem o direito de tirar a vida, ainda mais de um ser humano inocente.

Respeito à vida humana desde a sua concepção até o seu fim natural

O quinto mandamento protege todos os estágios da vida humana, desde a sua concepção até o seu fim natural. O assassinato voluntário de um inocente é gravemente contrário à dignidade do ser humano e constitui um pecado mortal.

A legítima defesa não se enquadra nesse mandamento, porque o que se está buscando não é tirar a vida do outro e sim conservar a própria vida.

Por exemplo, se para defender a vida do seu filho você luta contra o que está buscando matá-lo você está agindo corretamente, pois o que você está buscando em primeiro lugar é preservar a vida do seu filho e a sua e não matar o agressor.

O aborto, a eutanásia e o suicídio por outro lado são graves atentados contra a vida humana.

A proteção da vida indefesa

Para aprofundarmos sobre o tema do aborto, tomaremos como ponto de partida uma bonita passagem da Sagrada Escritura, que está no contexto da vocação do profeta Jeremias: “Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei” (Jr 1,5).

Isso quer dizer que toda vida humana antes mesmo de ser concebida já está no coração amoroso de Deus. Ele já tem um Plano para que essa pessoa seja ser feliz, Tirar a sua vida é frustrar tudo isso e não permitir o que essa pessoa seja o que está chamada a realizar.

A partir do momento que uma vida é concebida, essa pessoa existe. E por ser pessoa humana um dos seus direitos principais é o privilégio da vida.

Portanto, atentar contra a vida de um bebê inocente constitui pecado e um delito civil grave. Quem aborta ou colabora para que uma pessoa aborte, afasta-se da comunhão com a Igreja.

Com isso a Igreja não quer restringir o campo da misericórdia. Quer manifestar a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente morto, a seus pais e a toda a sociedade.

“Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a concepção, o embrião deverá ser defendido em sua integridade, cuidado e curado, na medida do possível, como qualquer outro ser humano” (Catecismo da Igreja Católica, 2273).

Nesse âmbito, além do aborto, a produção de embriões destinados a serem explorados como material biológico e o uso de métodos artificiais de contracepção também são faltas graves.

Outra ferida que atenta contra a vida é a eutanásia. Aquelas pessoas que estão em uma situação frágil merecem ainda mais o respeito e carinho.

Ninguém tem o direito de tirar-lhe a vida. E muitas vezes o motivo é para livrar-se de um “problema”. Por mais difícil que seja a situação, devemos confiar em Deus e apostar pela vida.

Existem inúmeros casos de pessoas que saíram do estado de coma e que levam vida normal. A vida portanto é um mistério e Deus sabe o que é o melhor para cada um de nós.

Outros atentados contra a vida

Atentar contra a própria vida (suicídio) também é grave. Somos administradores e não proprietários da vida que Deus nos confiou.

Não podemos dispor dela. Devemos sempre ter esperança e apostar por nossa vida. A vida sempre vale a pena.

Nos momentos mais difíceis é muito importante confiarmos em Deus e pedirmos a sua força.

Nossa Senhora certamente está ao nosso lado para acompanhar-nos. Ela não quer que nenhum dos seus filhos se perca.

Outras formas de atentar contra a vida são o escândalo (atitude daquele que incita ao outro ao mal), o desrespeito à saúde (uso de drogas, excessos na bebida, no cigarro ou em remédios, não ir ao médico quando necessário, etc), o desrespeito pela integridade corporal (sequestro, terrorismo, tortura, etc.) e o desrespeito aos mortos (não enterrá-los com dignidade, profanar e roubar sepulcros, etc.)

Sejamos promotores da vida

Para concluir gostaríamos de lembrar como Nossa Senhora é a maior promotora da vida.

Ela quando estava grávida, mesmo correndo o risco da rejeição de São José e de ser morta a pedradas (era costume naquela época apedrejar uma mulher que fosse pega em adultério), enfrenta toda dificuldade e dá a luz ao nosso Salvador.

O encontro dela com sua prima Isabel é um grande canto à vida. João Batista salta no ventre de Isabel assim que percebe a presença de Jesus no ventre de Maria.

Maria havia acabado de receber o anúncio do anjo antes de ir ajudar Isabel.

Que Nossa Senhora Aparecida nos ajude a sermos promotores da vida.

Para aprofundar um pouco mais sobre esse mandamento sugerimos ler o Catecismo da Igreja Católica: 2258-2330

Dada a importância do tema, a Igreja Católica tem uma Academia dedicada exclusivamente à promoção da vida: A Pontifícia Academia para a Vida. Você pode conferir diversos textos relacionados ao quinto mandamento através do link abaixo:

http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_academies/acdlife/index_po.htm

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